REVISTA VBS: Roupas infantis, quando economizar ou gastar mais?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Roupas infantis, quando economizar ou gastar mais?

quinta-feira, maio 05, 2011 |

Postado por REVISTA VBS |

Roupas infantis são as mais caras e as que menos são usadas. Quantas vezes voce comprou um casaco lindo no inverno, usou duas vezes e o casaquinho logo não serviu mais?

A grande quantidade de peças de designers voltada para o público infantil são encantadores, mas as vezes pode ser dificil justificar o porque de comprar uma roupa mais cara quando as crianças, sujam, rasgam ou perdem as roupas tão rápido.

Segundo Johnnie Boden, proprietario da marca Londrina Boden Clothes e pai de 3 crianças entre 10 e 16 anos de idade, “é dificil saber quando se deve comprar uma roupa ou não, já que a criança perde muito rápido no processo de crescimento”.

Veja as dicas do próprio Johnnie Boden:

Ele, afirma que compra de 5 a 10 novos itens por estação para cada filha, e que a compra depende do tipo de produto. “Casacos, (coats) vale apena pagar mais, se essa peça puder ser usada em todo lugar, da escola ao playground, e ao playdates (ir brincar na casa de amigos ou ida aos shoppings).”

“ Uma boa jaqueta ou casaco de lã, ou uma jaqueta de primavera em material resistente, com costuras duplas, pode inclusive passar de uma filha para outra na estação seguinte”

“Camisas infantis de boa qualidade também valem a pena, porque são peças bem versáteis que podem ser usadas várias vezes em diferentes ocasiões.”

“Casacos de tricô/malharia de boa qualidade que possam ser lavados a máquina e que tenham vida longa, também valem a pena comprar mesmo quando custam mais caros que casacos mais leves.” Afirma Boden

“Quando compro roupas para minhas filhas, gosto de sentir o peso da peça, se o tecido é pesado, é porque tem alta concentração de fibra de algodão (high cotton content) e irá fazer menos bolinhas com o atrito do uso do que uma peça de algodão leve.”

“Eu também procuro por pequenos detalhes que possam colocar a peça a parte de um modelo comum básico, e que mostre que a peça não é um modelo comum.” “E um prazer encontrar pequenas surpresas como um forro colorido, um botão divertido, ou um bolso escondido”, ele complementa

“A peça tem que ter qualidade e personalidade para valer a pena pagar mais, so pela etiqueta em si não vale a pena. Eu não gasto muito em peças de ocasição, tipo vestido de festa, porque eles serão usados uma vez só.”

“Eu prefiro peças inteligentes com algo special (that combine smart with special). Diz Boden

“ Veludo é meu tecido favorito, e está disponivel em vários preços e gramaturas, nunca sai de moda, e sempre dão um toque de luxo no loom da criança, além de ser um tecido bem resistente.” completa

“Peças baratas em geral perdem a cor na primeira lavagem além de distorcerem ou não resistirem ao atrito do uso contínuo.”

“Também não costumo gastar muito com bonés e luvas, eles sempre desaparecem em pleno ar”, brinca Boden.

“Outras coisas que não compro para minhas filhas são peças trends, que não são práticas como casacos com mangas ¾ ou pequenas bolsas caras”.

“Eu sei quando uma peça é moda passageira (throwaway fashion), e també acho um absurdo comprar algo dois tamanhos maiores achando que a criança irá usar mais vezes, a crinça pode odiar usar aquela peça por tanto tempo em tamanho maior que o tamanho correto, nem é confortavel.” Garante Boden

“Uma boa idéia são as calças e saias com elásticos ajustadores no cós interno, de forma que a criança pode usar sim por mais tempo. Especialmente garotos, eles não são tão envolvidos com moda, e podem usar o mesmo short ou calça mais vezes se houver o ajuste interno. Mas não vale a pena comprar uma peça que seja mais comprida e que irá arrastar no chão com intenção de que seja usada mais vezes.”

“A coisa mais importante para voce olhar quando comprar uma peça infantil é o conforto. Crianças se recusam a usar peças feitas com tecidos duros, ou com uma etiqueta que cutuca a pele, botões dificies de fechar, ou com decote ou cava pequenos. Crianças são viciadas em conforto.” Finaliza Boden

http://www.boden.co.uk/

Johnnie Boden - Entrevista ao The Wall Street Journal – Março 2011

(essa matéria é uma tradução livre feita por Sueli Schmitt do artigo de Cheryl Lu-Lien Tan)