Moda poderia ser atitude, se essa fosse pensada pelo ponto de vista e pela interpretação. Em tempo de definições, o que é moda?

Moda, como já foi muito discutido (e ainda será) é, por alto, a relação da sociedade com as vestimentas a partir de tudo o que está acontecendo em determinada época. Tudo influencia a moda e se, por alguma razão, uma atitude tal está em voga, essa será representada por algum estilista em questão. Certo?! Mas outros continuarão conversando com outras referências, com uma atitude mais direcionada ao estilo de vida e escolhas pessoais. Nada é, e nem nunca foi, obrigatório. Moda não é só atitude. Atitude é um estado, é um tipo de representação pela qual exploramos intensidades. Atitude é ponto de vista, é interpretação. Moda é moda.
Moda também não é termos em inglês, não é in ou out. Moda é moda, em bom português, japonês ou francês. Com um vocabulário tão rico como o nosso, em que temos palavras para traduzir todo e qualquer sentimento, por que representar tudo em… inglês?! Um ou outro detalhe é válido, mas dispensável. Tudo isso até porque, há muito tempo atrás (leia-se muito), poderíamos pensar na moda em francês… porque lá aconteceu um dos momentos mais importantes da construção da moda como conhecemos hoje. Mas é, talvez prêt-à-porter para alguns seja só um termo cool.
É um deserviço à sociedade querer impor a ideia de atitude como obrigatória para se vestir bem. Atitude de que? Qual a motivação? Ser ousada é uma determinada atitude, mas outra atitude é ser simples. Novamente, ponto de vista. Porque são esses que pensam única e exclusivamente na montação que esquecem de avaliar se a peça está, de fato, valorizando a silhueta e deixam de ver que não basta ser moderinha ou cara, é preciso funcionar bem com o corpo que se tem.