Encontrei uma vez uma psicóloga que estava lecionando um curso sobre vendas e auto-estima;  e esta iniciou sua palestra com uma história pessoal muito interessante: “ao chegar em sua casa no final de um dia cansativo, encontrou a nova secretária do lar sentada na área de lazer lendo uma revista. Nesse momento, a já desapontada, pois essa psicóloga já havia tido experiências não muito felizes com suas anteriores subordinadas, surpreendeu-se ao deparar-se com tal cena. Ao dar o primeiro passo, abrir a porta da entrada principal da casa, sentiu um cheiro carinhoso e deslumbrante de jasmim, a casa estava toda organizada, tudo em perfeita harmonia como nunca havia estado antes. Ao final do corredor da casa, chegando a cozinha, o sabor do cheiro foi alterado por cheiro saboroso e morno de cenoura e farinha. Era simplesmente um bolo de cenoura: “ um bolo?” - “Sim, um bolo” – responde a nova secretária do lar – “ eu vi que a Senhora tinha muitas cenouras em sua geladeira e imaginei que talvez iria gostar  de um bolo de cenoura”.  E ainda por cima, o tênis de seu filho com cheiro de sabão de coco e com a coloração tão branca que havia ficado irreconhecível aquele par de calçados que vivia no cantinho da varando todo amarronzado pela poeira nunca retirada, havia-se anos que não eram lavados. E ao entrar ao quarto, a maior surpresa, não é que a auxiliar de lar havia encontrado do fundo do baú as colchas de cama do enxoval de casamento que eu haviam até sido ignoradas de sua existência!

Foi tudo maravilhoso, está trabalhadora trouxe vida para a casa da palestrante psicóloga, alegria e tranqüilidade. Vamos fazer um feedback da auxiliar de lar, esta estava sentada na área de lazer, com as unhas bem feitas, e pele maquiada, lendo uma revista. Percebem caros leitores? Percebem a percepção de valor? Essa subordinada, ela valorizava seu trabalho, não se envergonhava deste, pelo contrário. Percebem que ela estava com suas unhas bem feitas e a pele bem cuidada e maquiada? Ela não estava correndo atrás do serviço inacabado, mas esperava por sua superior, pois havia feito mais do que as outras, apreciando seu merecido momento de descanso após um grande dia de trabalho.

É assim que nossos funcionários, vendedores devem ser, valorizados, motivados. Mas primeiramente devemos retomar que a motivação é intrínseca, ela vem do interior da pessoa, não existe uma fórmula para motivar uma pessoa já desmotivada, o que se pode e deve fazer é motivar o motivado a sempre melhorar seu desempenho. Um funcionário motivado é feliz, adora novas oportunidades, fica feliz quando recebe benéficos em cima de sua própria motivação, se auto valoriza, trata bem os clientes e os mantem para a empresa. E não apenas isso,  manter clientes é o mesmo que buscar novos, pois os fiéis indicam outro, quer coisa melhor que marketing boca-a-boca.

A empresa deve buscar o funcionário motivado e mante-lo motivado. Essa é a regra. Mas o que seriam essa motivação? Depende muito do objetivo e da cultura de cada organização, cabe a uma análise mais aprofundada de um consultor  analisar a cultura da empresa, o sistema de trabalho dos funcionários, o objetivo da organização etc, e procedendo assim, o treinamento de vendas com os vendedores e funcionários no geral. Pois claro, os vendedores não são os únicos nesse círculo, mas sim os intermediários, como o caixa, o gerente financeiro, o gerente de almoxarifado e outros que ficam por de trás das coxias também são peças importantes que auxiliam no decorrer da peça, no caso, os vendedores são os atores, e os clientes a platéia, e o show deve pedir bis sempre.

Larissa Casagrande

CRA-PR 26236

laryusa@hotmail.com